A pandemia de Covid-19 acelerou o processo de adoção do trabalho remoto em vários lugares do planeta, inclusive no Brasil. E, apesar dos obstáculos enfrentados pelas empresas, o modelo agradou empregadores e colaboradores. Segundo estudo levantado pela Fundação Instituto de Pesquisa (FIA), 67% das empresas que adotaram o home office no início da pandemia enfrentaram algum tipo de dificuldade em implantar o sistema de forma forçada. Por outro lado, dados apresentados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), quatro quintos dos gestores das empresas brasileiras que viveram a experiência aprovaram o regime de trabalho.
Considerando os impactos da pandemia e as restrições para evitar o contágio pelo Covid-19 e evitar um colapso na saúde brasileira, neste primeiro momento, o home office protagonizou essa mudança ainda que de forma emergencial. Milhares de trabalhadores brasileiros, que antes possuíam uma referência física em seus escritórios, se viram numa outra realidade: a de trabalhar em suas casas.
A flexibilização, antes tida como um diferencial das chamadas Cool Company, passou a figurar como possibilidade de sobrevivência para empresas que sofreram maiores impactos em suas receitas durante a pandemia e atrativo para organizações que enxergaram no trabalho remoto um leque de possibilidades. Neste contexto, populariza-se outros conceitos como o do Anywhere Office.
Importado do inglês, o termo refere-se a possibilidade de trabalhar à partir de qualquer lugar, não só em casa. O significado “escritório em qualquer lugar” reforça o estilo do modelo voltado ao nomadismo.
Especialistas apontam o conceito Anywhere Office como uma tendência no pós-pandemia. Grandes empresas como o Google, Twitter e XP Investimentos já anunciaram mudanças para suas relações de trabalho, algumas com soluções bastante inovadores, como é o caso da Villa XP, que ainda não foi anunciada oficialmente, mas é apontada como uma alternativa sustentável pelo fundador da corretora, Guilherme Benchimol.
Trata-se de uma relação ganha-ganha. Ganha a empresa com aspectos de economicidade deixando de custear alugueis e manutenção de escritórios e ganham os colaboradores, que percebem uma qualidade de vida melhor ao deixar de enfrentar o trânsito caótico de grandes centros e a precariedade do transporte público, melhorando o clima organizacional.
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